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Bom Jesus do Norte

Auditor da Secretaria de Fazenda é flagrado recebendo propina de R$ 5 mil em Bom Jesus do Norte

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Na tarde de quarta-feira, 13 de abril,
um auditor fiscal da Secretaria de Fazenda (Sefaz), de 69 anos, foi flagrado pela Polícia Civil saindo de um estabelecimento comercial com mais de R$ 9 mil na mochila, em Bom Jesus do Norte – ES.
Parte do dinheiro seria fruto de uma propina que ele teria acabado de receber de um empresário.
De acordo com a Polícia Civil, o servidor atua há mais de 20 anos na Secretaria da Fazenda, em Bom Jesus do Norte.

Na segunda-feira, 11 de Abril, o servidor foi denunciado por um comerciante, que afirmou aos policiais que recebeu um pedido de propina no valor de R$ 5 mil para ter o funcionamento de seu estabelecimento liberado pela Receita Estadual.

“O comerciante veio até a delegacia e registrou um boletim de ocorrência, relatando que o auditor apontou uma série de irregularidades no estabelecimento, que gerariam uma multa de mais de R$ 400 mil. Em seguida, ele disse ao comerciante que poderia resolver o problema por R$ 5 mil”, explicou o delegado Sandro Zanon.

Na tarde de quarta-feira, policiais civis realizaram uma campana e flagraram o suspeito saindo do estabelecimento comercial.
Após ser abordado, o auditor fiscal foi levado para a delegacia.
Os policiais apreenderam R$ 5 mil que teriam sido pagos pelo comerciante, e mais R$ 4.050 em dinheiro, que o servidor não soube explicar a origem.

O servidor prestou depoimento na Delegacia de Bom Jesus do Norte.
O dinheiro foi recuperado e o investigado foi liberado.
O celular dele também foi apreendido e o delegado aguarda autorização judicial para realizar a extração de dados.

Um inquérito policial foi aberto na Delegacia de Bom Jesus do Norte e o servidor será indiciado, inicialmente, pelo crime de corrupção passiva, e outros crimes que possam ser identificados no decorrer das investigações.
Através de nota, a Secretaria de Estado da Fazenda disse que não coaduna com esse tipo de conduta e informa que apoia a investigação que está sendo conduzida pela Polícia Civil.

A Sefaz disse ainda que está à disposição e prestará todas as informações solicitadas para auxiliar as investigações.

O resultado da investigação será encaminhado para a Corregedoria Geral do Estado para a instauração de sindicância e processo disciplinar.

Caso sejam apontados indícios de responsabilidade, o servidor poderá ser afastado, inicialmente, por 90 dias, e chegar a ser demitido após o processo de sindicância.


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