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Supermercados do ES já limitam venda de arroz após tragédia no Rio Grande do Sul

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A tragédia causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul começou a respingar no Espírito Santo. Com a produção agrícola gaúcha destruída, os alimentos começam a sofrer redução no abastecimento. Por conta disso, os supermercados do estado já estão limitando a venda de alguns produtos nas prateleiras.

O arroz é o principal produto exportado do Rio Grande do Sul e é responsável por 70% da produção no país. Por isso, os estabelecimentos começaram a reduzir o número de vendas. No Supermercado Perim, por exemplo, os clientes podem comprar até seis unidades de 5kg por pessoa.

A situação também é semelhante em outros estabelecimentos da Grande Vitória e também no interior do estado. O Perim Cachoeiro, que vende produtos no atacado, limitou em um fardo por cliente. O aviso foi fixado nas prateleiras. Na Rede BH, em Vila Velha, o limite é de quatro pacotes por cliente.

Ao comentar os efeitos dos temporais registrados no Rio Grande do Sul no agronegócio brasileiro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que o país pode precisar importar arroz e feijão para equilibrar a produção e conter o aumento dos preços.

“Fiz uma reunião com o ministro [do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar] Paulo Teixeira e com o ministro [da Agricultura, Pecuária e Abastecimento] Carlos Fávaro sobre a questão do preço do arroz e do feijão, porque estavam caros. Eu disse que não era possível a gente continuar com o preço caro. Alegaram que a área plantada estava diminuindo e que havia um problema do atraso da colheita no Rio Grande do Sul.”

“Agora, com a chuva, acho que nós atrasamos de vez a colheita do Rio Grande do Sul. Se for o caso, para equilibrar a produção, vamos ter que importar arroz, vamos ter que importar feijão. Para que a gente coloque na mesa do povo brasileiro um preço compatível com aquilo que ele ganha”, completou.

A Associação Capixaba de Supermercados (Acaps) informou que, diante das dificuldades momentâneas que envolvem o escoamento da produção de arroz do Rio Grande do Sul, alguns supermercados decidiram limitar a quantidade de mercadoria comercializada para os clientes. “A iniciativa tem o objetivo de garantir o atendimento a todos os consumidores”, informou a entidade.

Alta nos preços

A tragédia causada pelas chuvas no Rio Grande do Sul, que devastou o estado e, consequentemente, prejudicou a produção agrícola e seu escoamento, pode afetar também o Espírito Santo. Com a situação, haverá menos mercadorias para exportação e, por isso, deve ocorrer a alta nos preços nas prateleiras.

Na Central de Abastecimento do Espírito Santo (Ceasa-ES), por exemplo, a alta deve atingir principalmente o preço das frutas. Em nota, o órgão informou que a enchente pode interferir na quantidade de produtos que chegarão à Ceasa-ES nos próximos dias.

Os produtos que devem sofrer maiores altas são batata e maçã, que são os principais alimentos exportados pelo Rio Grande do Sul. “Mas há também outros estados que podem suprir essa demanda. A batata, por exemplo, vem também de São Paulo. E a maçã pode vir de outros estados como Paraná e Santa Catarina”, explicou a Ceasa-ES.

Já nos supermercados, os consumidores também podem esperar reajuste nos preços. De acordo com a Associação Capixaba de Supermercados (Acaps), no momento não há perspectiva de falta de produtos, pois os estabelecimentos trabalham com estoque de reposição, além de poder contar com fornecedores de outros mercados.

“A enchente no Rio Grande do Sul, contudo, trará impactos não somente para o Espírito Santo, mas para muitos outros Estados brasileiros, devido a dificuldades logísticas pontuais relacionadas a produtos como aves e suínos, que dependem em boa parte da soja e do milho do Rio Grande do Sul”, informou a entidade por meio de nota.

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Portal Folha BJI/ES360


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