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Polícia

Em São José do Calçado, ‘Cabeção’ é condenado a 22 anos de prisão por homicídio duplamente qualificado

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Na manhã de ontem, Hélio Leite Rodrigues, conhecido como “Cabeção”, foi julgado pelo assassinato do campeiro Edmilson de Aquino Barone, que na época tinha 33 anos de idade, na cidade de São José do Calçado. O crime aconteceu no dia 2 de junho de 2007. Na tarde de ontem, 17, “Cabeção”, foi sentenciado à cumprir pena de 22 anos de prisão.

O julgamento começou por volta das 10 horas, dessa última quinta-feira. Hélio, chegou ao fórum da cidade acompanhado de dezenas de policiais. O réu já se encontra preso, cumprindo penas de outros assassinados que cometeu na mesma época.

O ministério Público usou como instrumento de acusação, o depoimento de Warlem Santos Pereira, que em 2007, participou de dois assassinatos junto com “Cabeção”, no entanto, sempre negou sua participação na morte de Edmilson Barone.

Warlem, contou na delegacia, quando foi preso, e confirmou ontem, no tribunal, que “Cabeção”, o chamou por diversas vezes para participar do assassinato de Edmilson, mas, ele disse que recusou a proposta. Disse também, que após o assassinato, cabeção teria contado a ele, com riquezas de talhes, que teria matado Edmilson, e ainda, a maneira como o crime aconteceu.

De acordo com a única testemunha ouvida durante o júri, Warlem, disse que “Cabeção” contou que armou uma emboscada para a vítima. Ele teria ficado escondido no corte, uma via próxima à rodoviária da cidade, e na madrugada do dia 2 de junho, ao sair da festa da cidade, Edmilson, ao passar pelo corte, foi surpreendido por trás, pelo então seu assassino, “cabeção”, que o matou usando uma arma de fogo.

Durante o julgamento, o réu negou o tempo todo sua autoria no assassinato de Edmilson. E sua defesa, tentou convencer os jurados, de que o depoimento de Warlem, não seria o suficiente para incriminar “Cabeção”. Para a defesa, já que o réu já havia confessado outros crimes, não haveria motivos para não confessar mais um. A defesa ainda levantou a hipótese de que o assassinato, poderia ter sido fruto de vingança por parte de terceiros, já que, Edmilson, havia sido acusado de importunar sexualmente uma mulher, num carnaval da cidade.

Durante o depoimento do réu, ele chegou a dizer que cinco pessoas haviam matado Edmilson, isso porque, uma dessas, queria se vingar de cabeção por ele ter assediado sexualmente sua irmã. Mas nada disso foi comprovado.

A defesa, ressaltou que não havia nenhuma prova ou evidência que comprovasse a participação de cabeção na morte da vítima, a não ser o depoimento de Warlem, e por isso, pediu pela sua absolvição.

No depoimento de Warlem, ele disse que só resolveu contar tudo o que sabia, porque tinha medo que cabeção pudesse jogar todos os assassinatos que cometeu, em “suas costas”, e por isso, resolveu falar à polícia e ao júri, o que o assassino havia dito sobre o caso.

Pouco mais das 15 horas de ontem, após os jurados votarem, foi lida então a sentença de Hélio Leite Rodrigues, que foi condenado pelo crime de homicídio duplamente qualificado.

Outros assassinatos

Hélio Rodrigue Leite, foi acusado de cometer quatro assassinatos, todo num curto período de tempo, em 2017. Nesse ano, “Cabeção”, a pedido de um senhor chamado Barbosa, em troca de R$ 600,00, juntamente com Warlem Santos Pereira, assassinou o adolescente Fagner dos Santos Rochas, 13, no loteamento São Domingos, deferindo-lhes diversas chuchadas com um punhal. Ainda no mesmo ano, “Cabeção”, armou uma emboscada para assassinar o taxista Adenilson Fonte Boa, que após assassiná-lo, ateou fogo no veículo com o corpo dentro. Outro crime em que Hélio também foi acusado, é o do assassinato de Alonso, que aconteceu numa torre da cidade de Bom Jesus do Itabapoana.


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